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JOÃO DI SOUZA

JOÃO DI SOUZA

Itabuna – Bahia - BA, 1976

Reside e trabalha em São Paulo

Ao que parece, sua aproximação para com o mundo vegetal e, consequentemente, para com a natureza, remonta à infância. Vivida na Bahia de Todos os Santos, em meio aos remanescentes de mata atlântica (entremeados por fazendas de cacau), tal infância também convidava o jovem menino a contemplar sua exuberância. Com isso não se afirma que a primeira impressão é aquela que fica: no trabalho pictórico de João, tamanha é a permanência do elemento fitomórfico, seria fácil justificá-lo a partir de seu apaixonamento pelo mundo das plantas desde o ponto de partida de sua trajetória.
Ocorre que a resolução de sua pintura não acontece segundo a precisa observação da natureza, nem dela recolhe mais que um mero ponto de partida. Seu interesse parece ser o tensionamento, a transmutação dos elementos vegetais (ou a eles assemelhados) em formas mais ou menos expressivas. Sem nenhum comprometimento com a ideia de paisagem, aqui precariamente definida como enquadramento que recorta uma determinada parcela de mundo (natural e/ou humano), sua prática está mais próxima do arranjo e do agrupamento. O que interessa é tomar o elemento natural como motif, e manejá-lo no intuito da composição formal. A tela não é construída como um feixe, mas pensada como superfície que deve ser preenchida pela volúpia vegetal.
Fazem parte de seu processo a fotografia de canteiros urbanos, a observação das plantas na cidade, o interesse irrefreável pelo verde e pelas tonalidades abertas. Não à toa, de frente a seu ateliê, situado na Av. Nove de Julho, no centro da cidade de São Paulo, há um singelo jardim feito pela união de múltiplos vasos. Um jardim feito sobre a calçada e à beira do asfalto, num verdadeiro vale de concreto - onde as montanhas são os arrimos e prédios que margeiam a grande avenida. Num arroubo vegetal que lembra Giuseppe Arcimboldo (1526-1593), embora sem nenhum interesse antropomorfo, João constrói um artificial com elementos de extração natural. Tal como o jardim urbano e o canteiro, vemos a pretensa liberdade vegetal presa no interesse da civilização interesse que passa, inclusive, pela volúpia e pelo senso decorativo.


Matheus Drumond

 

EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS:

2024 Vegetabilia, curadoria Matheus Drumond, Galeria Contempo.

2018 Veredas Quimeras Casa da Luz São Paulo.

2016 Lenhador, curadoria Ricardo Resende, Laboratório 52 São Paulo.

2015 Caminhos, curadoria Zeca Carlos Onôrio Galeria Espaço Livraria Cultura.

2014 Circos, Coleção Anri Ricanatti, Museu Ralli, Uruguai.

2008 Fundação Ormeo Junqueira Botelho - Artista Figurativo – Cataguases / MG.

2009 Museu Casa Solar de Santo Antônio – Salvador – Bahia.

 

EXPOSIÇÕES COLETIVAS SELECIONADAS:

2024 CCSP Centro Cultural Vergueiro. Suplente.

2023 Rotas Brasileiras, Galeria Contempo.

2023 Corações À Desmedida. Uma Homenagem a Rochelle Costi.

Solar dos Abacaxis, Casa do Povo, Casa de Cultura Mario Quintana.

 2023 Rosas Brasileiras, Curadoria Giancarlo Latorraca e Paulo Von Poser, Farol Santander.

2022 Os Seres do Mundo, Curadoria Marcus Lontra, Centro Cultural Correios - RJ

2022 Varias Paisagens, Curadoria Marcus Lontra, Olímpia SP.

2021 Retrato para um Novo Mundo. Casa da Luz SP.

2021 Galeria Dila Oliveira - SP.

2020 “Minha Terra tem Palmeiras / Onde Canta o Sabia” Leo Bahia Arte Contemporânea - ES.

2018 Galeria Verve - São Paulo.

2017 Exercício, curadoria Marcio Harum.

2017 Ecce Homo, curadoria Ian Duarte Galeria Verve, São Paulo.

 2016 Galeria Orlando Lemos – Belo Horizonte - Minas Gerais.

2016 Feira Parte São Paulo, Grupo Aluga-se, São Paulo.

2016 Zoourbano, curadoria Burt O´Graf – Ibirapuera - São Paulo.

2015 Museu da Diversidade curadoria Paulo Van Poser, São Paulo.

2014 Marp de Ribeirão Preto, curadoria Ricardo Resende, Ribeirão Preto - SP.

2013 Quase a Última Foto, Museu Mário Quintana, Alegrete, Rio Grande do Sul.

2012 Chapel Art Show, São Paulo.

Coleção Metrópolis, Centro Cultural Justiça Eleitoral / Rio de Janeiro 2013.

2010 a 2017 Grupo Aluga-se Coletivas, São Paulo, Dinamarca, Campo Grande, Buenos Aires, Jatai, Santos, MAM Bahia. Marp, MAC Campinas.

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